Atualmente o mercado de receptores de satélite mundial pode ser analisado por fabricar produtos para três tipos de uso.
O primeiro deles são os receptores decodificadores fabricados para
uso exclusivo das operadoras, ou seja, o usuário final não tem acesso a
comprar um receptor deste tipo, a não ser em algumas operadoras que
oferecem a categoria pré-pago. As operadoras colocam um cartão de acesso
nestes receptores e através deste cartão de acesso e um software
especial dentro destes receptores o decodificador consegue abrir os
canais pertencentes ao pacote contratado naquela operadora.
A tendência é que estes decodificadores exclusivos de cada operadora
desapareçam do mercado já que o governo brasileiro quer que o cliente
das operadoras tenha opção de comprar o seu próprio receptor e que possa
usar este receptor em mais de uma operadora.
O segundo tipo são os receptores chamados de FTA, a abreviação de
Free To Air, ou seja, canais que são emitidos pelos satélite sem nenhum
tipo de proteção, quem tiver um receptor FTA, mesmo o mais simples
possível, conseguirá abrir os canais sem proteção nos satélites, desde
que a tecnologia do receptor seja compatível com a tecnologia com a qual o
canal está sendo emitido pelos satélites.
O terceiro tipo de receptor pertence a um mercado paralelo entre os
decodificadores das operadoras e os receptores FTA. Até mesmo definir um
nome para este terceiro tipo de receptor é mais difícil já que o
próprio mercado não se define, ora ele é chamado de receptor ora de
decodificador.
Vamos chama-lo de receptores paralelos ou decodificadores paralelos, e
são várias as marcas que fabricam este tipo de receptor, aqui as mais
conhecidas são a
Azbox, Azamérica, Probox e por aí vai.
Estes receptores são de um mercado paralelo pois eles abrem o sinal
das operadoras de TV por assinatura sem a permissão destas empresas.
Este tipo de ação começou como um hobby de usuários de receptores de
satélite numa época em que as tecnologias de proteção das operadoras de TV paga eram mais simples e bastava modificar o software dos receptores
FTA para que se conseguisse abrir os canais das operadoras de TV por
assinatura.
Com o tempo as operadoras contrataram tecnologias de codificação dos
canais que não podiam mais ser abertas de modo tão simples, então
surgiram os receptores paralelos com novas formas de se abrir os canais
destas operadoras.
Como nem todos os receptores podiam migrar para as novas formas
inventadas pelos fabricantes de receptores paralelos para abrir os
canais das operadoras de TV por assinatura, surgiu um acessório para
atualizar os receptores mais antigos para que eles pudessem continuar a funcionar.
O que é Dongle?
Este acessório é conhecido como “Dongle” e existem dois meios de se
abrir os canais das operadoras de TV por assinatura nos decodificadores
paralelos que podem utilizar o dongle.
Um destes meios é o IKS, internet key sharing ou partilha de chaves
de decodificação pela internet, os primeiros dongles surgiram para se
utilizar nesta modalidade em que os receptores sem entrada para rede
podiam usar o dongle para se conectar à internet e usar o IKS.
O outro meio é o SKS, satélite Keys Sharing, ou partilha de chaves de
decodificação através do satélite, os dongles de SKS são atualmente um
dos meios mais usados para abrir os canais das TVs por assinatura e
dependem de se usar em conjunto uma antena Offset para captar o sinal do
satélite que transmite as chaves de decodificação.